Enviado por Giovani Avila Blumenau SC em 03 de setembro de 2009.
E mais; Agora um depoimento: Apesar desta tiração de sarro dos mais jovens, considero o Belchior juntamente com Raul, peças importantes, diria fundamentais para explicar o ser brasileiro, pelo menos o ser de que faço parte. Quando tinha 21 anos estudava na ETFPEL em Pelotas saído de Rio Grande, tive pela primeira vez contato com arte de boa qualidade, frequentei uma iniciativa única que foi o Latino música, com artistas como Belchior, Artur Moreira Lima, Mercedes sosa, Giba Giba, Chico Buarque, Pablo Milanez e o espetacular Bando de Sandino e etc etc etc. Foi uma grande surpresa perceber que os interesses de Belchior através de sua arte era um sonho de integração de nosso continente, na minha cabecinha oca nem me passava pela cabeça que éramos e somos uma porção de terra parecida com um frankstein. Evento completamente distorcido para parecer pop nas chamadas da TV global e transpirando americanidade nos seus auditórios do teatro Guarani e Sete de Abril. Foi uma overdose de como começar a se enxergar uma nação apesar de duas ou três línguas diferentes e tão iguais. Belchior participou não cantando, mas com quadros sobre temas e cenas das américas! Dias depois exatos um dia depois de Raul morrer, presenciei ele de improviso em seu show no teatro sete de abril, render homenagem a quem ele considerou ser uma dos maiores artistas que nosso país teve, cantando com genialidade duas ou três músicas do que ele chamou de amigo, com lágrimas nos olhos, e não era de ver o verde da cana. Não vivi muito nem tão intensamente, mas estive no show cerca de uma semana antes de Raul Falecer, vi cantar vamos alugar o Brasil e percebo que o cara morreu lutando à sua maneira defasado no tempo, mas não no espaço contra esta corja de tucanos urubus e demos. Sinto alívio e conforto quando vi o ex-parceiro de Raul, o Coelho dar o apoio fundamental a Lula num grande gesto de cidadania e coragem que aquilo implicava. Hoje vejo Reginas e Danuzas sentirem medo na TV nos programas do PSDB, mas o medo nos jardins é diferente do medo de Heliópolis, no fundo sabemos que elas não sabem o que é medo de verdade, medo é um pedaço de terra desta importância e riqueza, não falo financeira, não poder cumprir seu destino que é ser pleno e feliz. No final das contas parafraseando Belchior: Caetano, o sol não é tão bonito pra quem vem do norte e vai viver na rua... principalmente na São Paulo de José Serra, não admira que Belchior deu no pé...
E mais; Agora um depoimento: Apesar desta tiração de sarro dos mais jovens, considero o Belchior juntamente com Raul, peças importantes, diria fundamentais para explicar o ser brasileiro, pelo menos o ser de que faço parte. Quando tinha 21 anos estudava na ETFPEL em Pelotas saído de Rio Grande, tive pela primeira vez contato com arte de boa qualidade, frequentei uma iniciativa única que foi o Latino música, com artistas como Belchior, Artur Moreira Lima, Mercedes sosa, Giba Giba, Chico Buarque, Pablo Milanez e o espetacular Bando de Sandino e etc etc etc. Foi uma grande surpresa perceber que os interesses de Belchior através de sua arte era um sonho de integração de nosso continente, na minha cabecinha oca nem me passava pela cabeça que éramos e somos uma porção de terra parecida com um frankstein. Evento completamente distorcido para parecer pop nas chamadas da TV global e transpirando americanidade nos seus auditórios do teatro Guarani e Sete de Abril. Foi uma overdose de como começar a se enxergar uma nação apesar de duas ou três línguas diferentes e tão iguais. Belchior participou não cantando, mas com quadros sobre temas e cenas das américas! Dias depois exatos um dia depois de Raul morrer, presenciei ele de improviso em seu show no teatro sete de abril, render homenagem a quem ele considerou ser uma dos maiores artistas que nosso país teve, cantando com genialidade duas ou três músicas do que ele chamou de amigo, com lágrimas nos olhos, e não era de ver o verde da cana. Não vivi muito nem tão intensamente, mas estive no show cerca de uma semana antes de Raul Falecer, vi cantar vamos alugar o Brasil e percebo que o cara morreu lutando à sua maneira defasado no tempo, mas não no espaço contra esta corja de tucanos urubus e demos. Sinto alívio e conforto quando vi o ex-parceiro de Raul, o Coelho dar o apoio fundamental a Lula num grande gesto de cidadania e coragem que aquilo implicava. Hoje vejo Reginas e Danuzas sentirem medo na TV nos programas do PSDB, mas o medo nos jardins é diferente do medo de Heliópolis, no fundo sabemos que elas não sabem o que é medo de verdade, medo é um pedaço de terra desta importância e riqueza, não falo financeira, não poder cumprir seu destino que é ser pleno e feliz. No final das contas parafraseando Belchior: Caetano, o sol não é tão bonito pra quem vem do norte e vai viver na rua... principalmente na São Paulo de José Serra, não admira que Belchior deu no pé...