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Enviado por Juliano Dupont em 19 de junho de 2013.

Diante da morte deveríamos dar o nosso respeito, está certo. Mas depende do morto. No caso do apresuntado em questão, podemos dar uma gaitada no Vitelo, ou melhor, Videla. Acontece que o caso de ter morrido na privada lembra uma peça do esquecido Alberto Moravia. A peça se passa numa republiqueta caribenha e é a história de um General que sofre de uma prisão de ventre aguda e passa horas trancado no banheiro. Em um desses dias de esforços inúteis sobre a patente o General fica trancado no banheiro. E justamente nesse dia um grupo revolucionário inicia um golpe de Estado. O General, não podendo sair do banheiro, dá instruções da privada para o resistentes que vêm ouvi-lo através da basculante. Toda a peça se dá no banheiro, com o General tentando articular a resistência sentado na privada gritando para seus subordinados que vem e vão até a basculante do banheiro que dá para o jardim da casa. Ao final do dia, quando o Golpe se consolida e os revolucionários vencem, um soldado da revolução invade o banheiro do general. Nesse exato instante o General se liberta da prisão de ventre, se alivia e é fuzilado. A última palavra da peça é do soldado: - Morreu como sempre viveu: na merda. Abraço, Juliano

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