A MATADEIRA (La Matadora)

(16 mm, 16 min, color, 1994)

Canudos fue una pequeña aldea en el nordeste de Brasil, fundada por el líder mesiánico "Antônio Conselheiro" y masacrada por un poderoso ejército hasta la muerte del último de sus 30 mil habitantes, en 5 de octubre de 1897. La película cuenta la masacre de Canudos a partir de un cañón inglés, apodado por los sertanejos de "LA MATADORA", que fue transportado por veintiún carros de bueyes a través del "sertón" para disparar un único tiro.

Foto por Alex Sernambi: Pedro Cardoso
Foto por Alex Sernambi: Pedro Cardoso

Dirección: Jorge Furtado

Producción ejecutiva: Nora Goulart
Guión:
Jorge Furtado
Dirección de Fotografía:
Alex Sernambi
Dirección de Arte:
Fiapo Barth y Gaspar Martins
Música:
Leo Henkin
Dirección de Producción:
Sandro Dreyer
Montaje:
Giba Assis Brasil
Asistente de Dirección:
Dainara Toffoli

Una Producción de la Casa de Cinema PoA

Elenco Principal:
Pedro Cardoso (Profesor, Prudente de Morais,
/ Sertanejo, Antônio Conselheiro, Pastor)
Carlos Cunha Filho (Locución masculina)
Lisa Becker (Locución femenina) 

CRÉDITOS COMPLETOS

Prêmios

  • 22º Festival de Gramado, Cinema Latino, 1994:
    Premio Especial a la Dirección de Arte, Mejor Dirección de Cortometraje Gaúcho, Mejor Fotografía de Corto Gaúcho.
  • 11º Rio-Cine Festival, Rio de Janeiro, 1994:
    Mejor Actor (Pedro Cardoso), Premio Contribución al Lenguaje Cinematográfico.

 

Crítica

"LA MATADORA da una honorable secuencia a la línea de trabajos desarrollada por Jorge Furtado en ISLA DE LAS FLORES y ESTA NO ES TU VIDA. Brillantemente realizada, la película ofrece al mismo tiempo una versión trágica y burlona del fin de Canudos, buscando posibles relaciones del pasado con la realidad brasileña actual.
(Tuio Becker, ZERO HORA, Porto Alegre, 18/08/1994)

"El nuevo cortometraje de Furtado tiene una estructura de colage, mezclando tramos escenificados, animaciones, fotos de época y extractos de documentarios recientes. Su tono es asumidamente extremado: Los escenarios son demasiado fakes, los colores, siempre irritantes, las interpretaciones, histriónicas - lideradas por el carismático Pedro Cardoso en varios papeles. LA MATADORA pasa a limpio las principales interpretaciones del episodio de Canudos."
(Amir Labaki, FOLHA DE SÃO PAULO, 19/08/1994)

"Jorge Furtado fez um trabalho de fôlego. Ele encontrou em 'Os Sertões', de Euclides da Cunha, relato sobre a Matadeira, o canhão que o exército brasileiro comprou de fabricantes alemães, a família Krupp, para dar cabo dos seguidores de Conselheiro. Usando recursos ficcionais, na linha do falso documentário que ele vem consagrando, e recursos de animação (bonequinhos de Mestre Vitalino simbolizam a luta dos sertanejos contra os militares), Furtado ergueu um filme de grande envergadura, mas que peca por tiradas humorísticas impertinentes."
(Maria do Rosário Caetano, Jornal de Brasília, 05/10/1997)

"A MATADEIRA é o último curta documental de Jorge Furtado, e provavelmente o filme que mais se aproximaria a um questionamento dos procedimentos do filme documentário. (...) Vemos aí o filme mais se fechando na possibilidade de contar uma história ou mais se abrindo para o objeto a ser deslindado? A briga é boa: por mais que os depoimentos – e em especial o do historiador/sujeito-suiposto-saber – nos remetam para a banalidade que é qualquer discurso diante de um acontecimento decisivo (no caso, a morte de centenas de camponeses em Canudos), há de outra parte o texto literário, em off, de Kurt Vonnegut Jr. (influência, aliás, muito maior em Jorge Furtado do que qualquer cineasta documentarista, brasileiro ou não) que, mesmo não sendo sobre o acontecimento narrado – aí a parte de auto-consciência sempre cara a Furtado –, o espelha e revela seus reflexos."
(Ruy Gardnier, revista virtual CONTRACAMPO, janeiro/2003)

12/08/1994