DOCE DE MÃE (HD, 14 x 26min, cor , 2014) (janela 1.77, som 2.0) Série em 14 episódios para TV Globo |
Muita coisa aconteceu na vida de dona Picucha (Fernanda Montenegro) desde que sua empregada Zaida (Mirna Spritzer) decidiu se casar. A viúva de 85 anos ganhou mais uma neta, a fofa Isaurinha (Letícia Sampaio), e resolveu se mudar para um asilo, após surgirem desconfianças de que seu falecido marido teve uma filha fora do casamento. Rosa (Drica Moraes) é filha de uma atinga empregada de Picucha e teve as mensalidades de faculdade bancadas por Fortunato. Coincidência? Sem levantar suspeitas, a matriarca começa a investigar essa possibilidade e acaba afetando a vida de Silvio (Marco Ricca), o primogênito. A mudança para o novo lar movimenta a rotina dos moradores do local. Os hábitos animados de dona Picucha revolucionam o dia a dia da casa de repouso e mudam completamente a rotina do (até então) sossegado lugar. |
Direção Geral e texto final: Jorge Furtado
Direção: Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo
Roteiros: Ana Luiza Azevedo, Janaína Fischer, Márcio Schoenardie, Miguel da Costa Franco, Mauro Wilson, Chico Soares e Péricles Barros
Direção de Fotografia: Jacob Solitrenick
Direção de Arte: Fiapo Barth
Coordenação de Montagem: Giba Assis Brasil
Direção de Produção: Bel Merel
Produção Executiva: Nora Goulart
Elenco principal:
Fernanda Montenegro (Picucha)
Marco Ricca (Sílvio)
Louise Cardoso (Elaine)
Matheus Nachtergaele (Fernando)
Mariana Lima (Suzana)
Daniel de Oliveira (Jesus)
Drica Moraes (Rosa)
CRÍTICAS
"Doce de Mãe é um acerto na programação da Rede Globo e um alívio para quem não aguenta mais a dramaturgia produzida dentro da própria emissora. Prova de que o caminho com as parcerias, com as coprodutoras, é capaz de render ótimos frutos."
(José Francisco, Box de Séries, 31/01/2014
"Da mesma forma que no filme, a série busca contar esta história de um jeito suave, que pode causar estranhamento a quem está acostumado ao ritmo das sitcoms americanas, com ofertas de uma piada por minuto. Doce de Mãe propõe um outro tipo de humor, que o espectador usufrui sem grandes gargalhadas ou sobressaltos, acompanhando o texto inteligente e, sobretudo, a interpretação solar de Fernanda Montenegro."
(Mauricio Stycer, Uol, 31/01/2014)
"Fernanda faz uma Picucha encantadora. Cheia de vida, sem dar lugar à depressão e ao cansaço, ela procura viver a vida plenamente, cheia de vontade, cheia de projetos e objetivos a serem alcançados, Absolutamente independente, é ela quem dá as cartas para os quatro filhos. Mesmo antes deles lhe sugerirem ir para um asilo, ela tomou a frente e pediu para ir. Um exemplo de vida. Fernanda está majestosa no papel. Não foi à toa que ganhou o Emmy Internacional como melhor atriz com essa deliciosa personagem."
(Renato Kramer, Folha de São Paulo, 31/01/2014)
"O elenco é todo sensacional, a começar, claro, pela própria Fernanda. Mariana Lima, Louise Cardoso, Drica Moares, Matheus Nachtergaele e Marco Ricca são os irmãos de personalidades muito diferentes. As suas visões de mundo divergentes, de alguma forma, funcionam como mais um desdobramento da questão central do programa: a realidade às vezes se impõe e dá rasteiras nos clichês. No caso, aquele que reza que ser velho é cair na incapacidade. (...) Muito afiado, DOCE DE MÃE é imperdível."
(Patrícia Kogut, O Globo, 03/02/2014)
"Claro que dona Picucha não é a típica vovó. A cena dela com filhos e netos olhando futebol e se derretendo para jogadores bonitos é extremamente simbólica, ressaltando a jovialidade da personagem. Filosofia de Picucha: 'Tristeza é bom pra fazer samba'. Tudo vira alegria no final para esse doce de mãe."
(Carlos Müller Villela, blog Serie Maníacos, 07/02/2014)
"Precisamos de mais séries como DOCE DE MÃE". O público quer ação, quer conflito, mas também quer um sopro de felicidade e realidade. A história de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, produzida pela Casa de Cinema de Porto Alegre, na onda, é única e merece a sua atenção."
(Wilker Damasceno, Almanaque da TV, 07/02/2014)
"A coprodução da Globo com a Casa de Cinema de Porto Alegre mistura cenas gravadas no sul do País com outras feitas no Projac - centro de produções teledramatúrgicas da Globo. O resultado é um cenário que foge do óbvio eixo Rio-São Paulo. A direção de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo sublinha o desejo de mostrar Porto Alegre como moradia de Picucha. Além de apresentar os cartões postais da capital gaúcha, o figurino dos personagens também evidencia o estilo da cidade."
(Anna Bittencourt, Folha de Londrina, 13/02/2014)
"A série é tocante ao mostrar a velhice sendo tratada com bom humor, apesar dos problemas e limitações causados às famílias e aos próprios idosos, como no segundo episódio, em que Picucha esqueceu de cantar um trecho em uma apresentação no asilo. Foi a deixa para a disputa de 'quem fica com ela' começar, mas com outro sentido: cada filho faz questão de ficar com a doce mãe e tirá-la da casa de repouso."
(Bruno Viterbo, Ficção brasileira, 21/02/2014)
"Com um humor singular, ao mesmo tempo lírico e politicamente incorreto, o seriado do diretor Jorge Furtado vem se superando a cada semana, ao mostrar um lado nada óbvio da terceira idade e da relação que nós, filhos e netos, estabelecemos com ela."
(Patrícia Villalba, Veja online, 07/03/2014)
"A trilha sonora conta com joias de Paulinho da Viola e Cartola, que dão unidade aos capítulos e que imprimem um tom honestamente afetivo à série. Num dos episódios, Sílvio e Fernando, os dois irmãos, caminham abraçados pela Praça da Alfândega, cantando Dois Irmãos, de Chico Buarque, coisa de arrepiar. Em fevereiro, foi a vez de se ouvir Tango da Mãe, de Claudio Levitan, interpretada por Nico Nicolaiewsky, que recém tinha nos deixado, homenagem de comover as pedras."
(Cíntia Moscovich, Zero Hora, 06/04/2014)
"Na última quinta-feira, chegou ao fim a série Doce de Mãe, resultado de uma parceria entre a Rede Globo e a Casa de Cinema de Porto Alegre, e que deu o Emmy Internacional de melhor atriz para sua protagonista, Fernanda Montenegro. (...) E foi assim, liricamente, que Picucha se despediu dos telespectadores, deixando o recado de que morrer é, na verdade, desistir de aprender."
(Émerson Maranhão, O Povo Online, Fortaleza, 14/05/2014)