A mulher gigante - letras

    A MULHER GIGANTE
    Letras das músicas
    de Gustavo Finkler e Jackson Zambelli

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CUIDADO QUE MANCHA

Gurizinho cuidado, / cuidado que mancha
Guriazinha cuidado, / cuidado que mancha
Gurizinho cuidado, / cuidado que mancha
Guriazinha cuidado, / cuidado que mancha

Não te mexe na cadeira, / vê se não te sujas
Não vai brincar na rua, / foge da poeira
Não chupa picolé, / não come bala
Larga desta bola, / fica bem bonito
Não dança que esta música / vai te manchar

Gurizinho cuidado, / cuidado que mancha
Guriazinha cuidado, / cuidado que mancha
Gurizinho cuidado, / cuidado que mancha
Guriazinha cuidado, / cuidado que mancha

O vestidinho tá limpinho, / vê se não amarrota
Não tira esse sapato, / amarra esse cabelo
Não vai brincar na terra, / não brinca na areia
Fala baixinho, tu já és uma moça
Não canta que esta música / vai te manchar

Não te mexe na cadeira, / vê se não te sujas
Não vai brincar na rua, / foge da poeira
Não chupa picolé, / não come bala
Fala baixinho, tu já és uma moça
Não canta que esta música / vai te manchar

Gurizinho cuidado, / cuidado que mancha
Guriazinha cuidado, / cuidado que mancha
Gurizinho cuidado, / cuidado que mancha
Guriazinha cuidado, / cuidado que mancha

A MULHER GIGANTE

Esta é a história / da Mulher Gigante
Esta é a história / da Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é porta
Ela arranca o telhado / para dar uma voltinha
Ouçam a passada / da Mulher Gigante
Ouçam a passada / da Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é patins
Ela usa um ônibus em cada pé
Tá patinando a Mulher Gigante
Tá patinando a Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é gatinho
Tem dois elefantes, / um no ombro, um na mão
É carinhosa essa Mulher Gigante
É beijoqueira essa Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é distância
Ela sai do Brasil / e vai parar na Conchinchina
É uma turista essa Mulher Gigante
É uma turista essa Mulher GIgante

A Mulher Gigante / não sabe o que é espelho
Pára na lagoa / pra ajeitar o cabelo
Como é vaidosa essa Mulher Gigante
Como é vaidosa essa Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é sambinha
Batuca na cozinha / e estremece o Japão
É a ginga da Mulher Gigante
É a ginga da Mulher GIgante

TANTINHO

O Chiquinho era danado
Sabia de tudo um pouquinho
Guardava num chapéu virado
Sua cabeça e um tantinho

Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça do Chiquinho / se enrolar
Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça do Chiquinho / se enrolar

Porque o Chiquinho pensava
Vê se pode, o Chiquinho pensava
Que quem pensava realmente
Quem realmente pensava / era o chapéu

Ninguém levava ele a sério
Mas o Chiquinho jurava
Que quem pensava realmente
Quem realmente pensava / era o chapéu

Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça do Chiquinho / se enrolar
Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça do Chiquinho / se enrolar

Mas o Chiquinho / não tava nem aí
Não tirava o chapéu / nem pra dormir
Tomava banho, jogava bola, / se penteava de chapéu
Tomava banho, jogava bola, / se penteava de chapéu

Até que um dia o Chiquinho / resolveu parar com esse negócio
Era muita notoriedade / pra um chapéu

Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça desse povo / se enrolar
Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça desse povo / se enrolar
Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça desse povo / se enrolar
Um tanto desse tanto / era o tantinho necessário
Pra cabeça desse povo / se enrolar

PRÍNCIPE HERCULANO, O CHATO

Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que era um chatão:
Não tinha graça, / não tinha estilo,
Não tinha remédio nem solução.
Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que o cara era um chatão.
Não tinha sábado e nem domingo,
O homem era chato por vocação.

Dentro do reino / sua fama se espalhava.
Fora do reino, / em um país irmão,
Todos falavam / do príncipe Herculano,
O mais chato humano / desde os tempos de Adão
Quando ele vinha / todo mundo se mandava.
Indo, era o povo pela contramão.
Se escondendo, se esquivando, / se arrastando,
Fugindo da conversa / do príncipe chatão.

Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que era um chatão.
Não tinha graça, / não tinha estilo,
Não tinha remédio nem solução.
Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que o cara era um chatão.
Não tinha sábado e nem domingo,
O homem era chato por vocação.

Só que um reino / precisa de herdeiros
E, pra ter herdeiros, / casamento então.
Cadê princesa / que agüente o Herculano?
E cadê sogro que lhe dê a mão?
Se ele já era / tão chato normalmente,
Vocês imaginem ele em depressão,
Um tanto enjoado / de entrar pelo cano,
Um tanto sem planos, / sem motivação.

Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que era um chatão.
Não tinha graça, / não tinha estilo,
Não tinha remédio nem solução.
Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que o cara era um chatão.
Não tinha sábado e nem domingo,
O homem era chato por vocação.

Um belo dia / uma princesa fez aposta
E as amigas riram da situação:
"Se eu conseguiria dar / um beijo no Herculano?"
"Você deve estar brincando! / Ai meu Deus, eu não!"
Para as meninas / era tudo brincadeira
Mas, para o príncipe, / que sensação!
Ganhar um beijo / depois de tantos anos
E lá foi o Herculano, / pulando de emoção.

Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que era um chatão.
Não tinha graça, / não tinha estilo,
Não tinha remédio nem solução.
Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que o cara era um chatão.
Não tinha sábado e nem domingo,
O homem era chato por vocação.

Mas é que beijo de princesa / é complicado,
Geralmente o resultado / é uma confusão.
E o príncipe, / que antes era um chato,
Agora era um sapo / coaxando pelo chão.
Como não tava acostumado / a ser um sapo,
O príncipe era / pura atrapalhação.
Os outros sapos / riam muito do Herculano,
Riam tanto que ele / se tornou um amigão.

Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que era um chatão.
Depois de um beijo ele virou um sapo
E só aí que acabou a chateação.
Era um príncipe, / era chato o príncipe,
Todos concordavam / que o cara era um chatão.
Virou um sapo e era o rei do riso,
Cheio de amigos, um camaradão.

O QUARTINHO DOS FUNDOS

O quartinho dos fundos
Tem um monte de mistérios / no quartinho dos fundos
Quem é que não tem / um quartinho com mistério?
É o quartinho dos fundos

O quartinho dos fundos
Tem um monte de mistérios / no quartinho dos fundos
Quem é que não tem / um quartinho com mistério?
É o quartinho dos fundos

No quartinho dos fundos / eu encontrei
Uma garrafa toda diferente
Que cuspia e assobiava
Pensava que era gente
No quartinho dos fundos / eu encontrei
Um rádio velho que falava / várias línguas
E ainda cantava / um negócio diferente

O quartinho dos fundos
Tem um monte de mistérios / no quartinho dos fundos
Quem é que não tem / um quartinho com mistério?
É o quartinho dos fundos

No quartinho dos fundos / eu encontrei
Uma geladeira / onde morava um pingüim
Com sua família inteira
No quartinho dos fundos / eu encontrei
Uma lanterna como um farol
Que iluminava os navios / que cantavam em si bemol

O quartinho dos fundos
Tem um monte de mistérios / no quartinho dos fundos
Quem é que não tem / um quartinho com mistério?
É o quartinho dos fundos

No quartinho dos fundos / encontrei um espelho
Que enxergava dentro da gente
Uma panela cozinhando / poção mágica
Uma dentadura sem nenhum dente
No quartinho dos fundos / eu encontrei
Um lenço velho / que vivia gripado
Um ventilador / com medo de avião
Um pote de mel / com urso pra todo lado

O quartinho dos fundos
Tem um monte de mistérios / no quartinho dos fundos
Quem é que não tem / um quartinho com mistério?
É o quartinho dos fundos

O quartinho dos fundos
Tem um monte de mistérios / no quartinho dos fundos
Quem é que não tem / um quartinho com mistério?
É o quartinho dos fundos

FANTASMA DESAFINADO

Naquela casa abandonada da esquina
Mora um fantasma que desafina
Quer ser pavoroso, / horripilante, o coitado
Mas só consegue ser desafinado

Escutem que agora ele vai / tentar nos assombrar

Alguém já ouviu desgraça igual?
Além de ser, pra sempre, / alma penada
O fantasma tem, vamos dizer assim
Voz de taquara rachada

Escutem que agora ele vai / tentar nos assombrar

Também não é pra rir / que ele fica todo vermelho
Mas, se seguir desafinando, / acaba quebrando o espelho
Aí serão, na certa, / mais 7 anos de azar
Mais 7 anos sem conseguir afinar

CARETA VAI, CARETA VEM

Careta vai, / careta vem
Sai, sai careta / da cara do neném
Careta vai, / careta vem
Sai, sai careta / da cara do neném
Careta sai da cara / procurando por alguém
Xô careta, vai
Pra longe do meu bem

A língua espicha, / o olho cresce
A bochecha incha, / o beiço desce
Xô, careta
O nenê já está cansado
E o anjo vem / pra ficar do lado
O anjo vem / pra ficar do lado

Careta vai, / careta vem
Sai, sai careta / da cara do neném
Careta vai, / careta vem
Sai, sai careta / da cara do neném
Careta sai da cara / procurando por alguém
Xô careta, vai
Pra longe do meu bem

A língua espicha, / o olho cresce
A bochecha incha, / o beiço desce
Xô, careta
O nenê já está cansado
E o anjo vem / pra ficar do lado
O anjo vem / pra ficar do lado

ISSO EU NÃO DIGO

Pergunto a pergunta / porque quero saber
Se ninguém responde, / como é que eu vou fazer?
Pergunto a pergunta / porque quero saber
Se ninguém responde, / como é que eu vou fazer?

Qual será o som / que tem no fundo do mar?
Pergunto para o peixe, / ele não sabe imitar
Eu peço ao passarinho / pra me ensinar
A voar só um pouquinho, / e o cara de pau:
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, não."
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, / não e não e não e não."

O senhor tem quantas vidas? / Sete ou uma só?
O gato faz que nem me ouve: / deita no sol
Pergunto ao cachorro / "Que graça tem
correr atrás do próprio rabo?" / e ele me diz:
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, não."
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, / não e não e não e não."

Pergunto a pergunta / porque quero saber
Se ninguém responde, / como é que eu vou fazer?
Pergunto a pergunta / porque quero saber
Se ninguém responde, / como é que eu vou fazer?

Quanta banana / o macaco consegue comer?
Ele tá de boca cheia / e fica sem me responder
Pergunto pra cigarra: / pra que cantar?
Ela me olha com uma cara / de amargar:
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, não."
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, / não e não e não e não."

Quantas pernas tem / a centopéia, afinal?
Ela conta 1, 2, 3, 4, / tropeça e se dá mal
Por que é que a hiena / não pára de rir?
Ela dá uma gargalhada / e me fala: "Escuta aqui!"
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, não."
"Isso eu não digo!"
"Isso eu não digo, / não e não e não e não."

Pergunto a pergunta porque quero saber
Se ninguém responde, / como é que eu vou fazer?
Pergunto a pergunta / porque quero saber

TIME PAPÃO

Seu Centopéia tem vocação / pra atacante
Sempre quis ser centroavante, / goleador das multidões

Mas é que o time da bicharada / não quer saber de nada
E seu Centopéia foi pro gol

O beija-flor cabeceador, / titular absoluto
Junto com o rinoceronte, / centroavante rompedor
Na defesa dois elefantes / esforçados
Um é técnico, o outro arrojado
Não deixam passar ninguém

Mas é que o time da bicharada / não quer saber de nada
Diz pro outro time: / Nem vem que não tem!

Nas laterais o avestruz / e o coelho
Explorando a velocidade, / fugindo da marcação
Os centro-médios são o tigre / e o leão
Fazendo cara feia, / pendurados com cartão

Mas é que o time da bicharada / não quer saber de nada
Faz pelo meio a armação

Habilidoso é o macaco driblador
Com as suas pernas tortas, / ê ô, ê ô, o macaco é um terror!
Finalmente o falso ponta / camaelão
Muda de cor, muda de lado, / confundindo o adversário

Mas é que o time da bicharada / não quer saber de nada
Sacode a massa / e é goool!

TIÃO ZOREIA, O QUE ESCUTA TUDO

Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo

Escuta o pai, escuta a mãe, / escuta a filha
Eu também sou da família, / também deve me escutar
Escuta tudo, / escuta o passo da formiga
Escuta o tatu cavando / e quando pára de cavar
Dizem até que ele / escuta os micróbios
De um lado para o outro, / indo pra lá, indo pra cá
Escuta a pulga / que passeia no cachorro
Escuta o beija-flor / batendo as asas pra voar
Ouve o piolho / piolhando no cabelo
E as patas do mosquito / quando desce pra pousar

Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo

Escuta a agulha / costurando a camisa
E escuta a Monalisa, / que não pára de sorrir
Ouve o cabelo / crescendo na cabeça
E escuta a sombra / que anda sempre a lhe seguir
Dizem até que ele / escuta o pensamento
Que ele pode ouvir o vento / que soprar no Piauí
Escuta a nuvem / preparando para a chuva
Escuta o caramujo / que da chuva vai fugir
Escuta o pinto / quando tá dentro do ovo
E vai escutar de novo / quando o pinto repetir

Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo
Não adianta falar baixo: / Tião Zoreia escuta tudo

O SEQÜESTRO DO DRAGÃO BOBALHÃO

Por favor, alguém me ajude
A salvar o dragão
Que foi preso pela donzela
O coitado tá acorrentado
Com o rabo dobrado / pra caber no xadrez
A donzela, apesar de bela
Já tá na janela / cutucando há um mês

Por favor, alguém me ajude
A salvar o dragão
Que foi preso pela donzela
O coitado tá acorrentado
Com o rabo dobrado / pra caber no xadrez
A donzela, apesar de bela
Já tá na janela / cutucando há um mês

Mas o dragão não reage, não geme
Não solta fogo pela boca
Só fica lá sorrindo
Meio abobado, / espiando a donzela
O dragão é pra lá de esquisitão
Mas o que é que deu / nesse dragão?
Que se deixou prender / sem reação?

Dragão bobalhão tá apaixonado
Falha o fogo na garganta / de tanto amor
Dragão bobalhão tá apaixonado
Falha o fogo na garganta / de tanto amor
Dragão bobalhão tá apaixonado
Falha o fogo na garganta / de tanto amor
Dragão bobalhão tá apaixonado
Falha o fogo na garganta
De tanto, tanto, tanto, / tanto amor

SE FOR DANÇAR

Se for dançar, / tem que se equilibrar
Mas, pra cair, / tem que desequilibrar
Se for cair na dança / é confusão pro pé:
Equilibrar ou desequilibrar?

Se for dançar, / tem que se equilibrar
Mas, pra cair, / tem que desequilibrar
Se for cair na dança / é confusão pro pé:
Equilibrar ou desequilibrar?

Eu já dancei / totalmente equilibrado
Saiu uma dança / bastante esquisita
Disseram que eu era / um enferrujado
Desequilibrei / para ver se melhorava
E acabei com a minha cara
Esfregando e limpando / o chão do lugar

Se for dançar, / tem que se equilibrar
Mas, pra cair, / tem que desequilibrar
Se for cair na dança / é confusão pro pé:
Equilibrar ou desequilibrar?

Eu já dancei todo desequilibrado
Esbarrei, tropecei, caí, levantei
Todo mundo me olhando atravessado
Equilibrei para ver se melhorava
Tive cãimbra no pé, torcicolo,
Dor nas costas e fui me sentar

Se for dançar, / tem que se equilibrar
Mas, pra cair, / tem que desequilibrar
Se for cair na dança / é confusão pro pé:
Equilibrar ou desequilibrar?
Até que enfim, / dei uma olhada par o lado

Entendi que a dança / não é só equilíbrio
Nem desequilíbrio, / tava tudo errado
Enquanto um lado se desequilibra
O outro tá firme, / e vão revezando
Reveza até a dança acabar

Se for dançar, / tem que se equilibrar
Mas, pra cair, / tem que desequilibrar
Se for cair na dança / é confusão pro pé:
Equilibrar ou desequilibrar?
Equilibrar ou desequilibrar?
Equilibrar ou desequilibrar?
Equilibrar ou desequilibrar?

A MULHER GIGANTE

Esta é a história / da Mulher Gigante
Esta é a história / da Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é porta
Ela arranca o telhado / para dar uma voltinha
Ouçam a passada / da Mulher Gigante
Ouçam a passada / da Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é patins
Ela usa um ônibus em cada pé
Tá patinando a Mulher Gigante
Tá patinando a Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é gatinho
Tem dois elefantes, / um no ombro, um na mão
É carinhosa essa Mulher Gigante
É beijoqueira essa Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é distância
Ela sai do Brasil / e vai parar na Conchinchina
É uma turista essa Mulher Gigante
É uma turista essa Mulher GIgante

A Mulher Gigante / não sabe o que é espelho
Para na lagoa / pra ajeitar o cabelo
Como é vaidosa essa Mulher Gigante
Como é vaidosa essa Mulher Gigante

A Mulher Gigante / não sabe o que é sambinha
Batuca na cozinha / e estremece o Japão
É a ginga da Mulher Gigante
É a ginga da Mulher GIgante

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(c) Gustavo Finkler e Jackson Zambelli 2006
Casa de Cinema de Porto Alegre
http://www.casacinepoa.com.br