HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES
(DV/35 mm, 75 min, cor, 2002)
 

Críticas em jornais
 

"Se você está na adolescência ou saiu dela faz pouco, vai se reconhecer em HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES. (...) Esta divertida comédia romântica trata da iniciação sexual de dois amigos, Chico, o protagonista e narrador da história, e o pragmático Juca. Enquanto este último topa até pagar por sexo, Chico corre à procura do primeiro amor quando Roza desaparece na manhã seguinte de uma transa na praia - como bem definiu Furtado, citando personagens de Shakespeare, seu roteiro fala de um Romeu apaixonado por uma Lady Macbeth e amigo de um Falstaff."
(Ticiano Osório, ZERO HORA, Porto Alegre, 19/04/2002)

"O cineasta, desde os primeiros passos (...), sempre procurou aliar emoção à denúncia, espetáculo à reflexão. (...) Furtado em seu primeiro longa-metragem permite que se perceba a linha futura: um cinema que elege o personagem como elemento principal e através dele procura meditar sobre a realidade atual. (...) O protagonista, que vive um momento em sua vida, está, na verdade, se transformando em personagem de uma peça não escrita, quando passa a agir sob o comando de sua primeira paixão. É o que diferencia o filme de uma comédia superficial. O relato fala realmente de adolescentes que pouco sabem do mundo, mas também realça os ensinamentos que a própria realidade, através de uma encenação - o achado mais inteligente de Furtado, ele próprio o autor do roteiro -, vai ministrando ao protagonista."
(Hélio Nascimento, JORNAL DO COMÉRCIO, Porto Alegre, 26/04/2002)

"O primeiro grande acerto do filme é a forma quase documentária como Furtado conta a história do Chico, Roza, Juca, Violeta e Carmem. Pelo fato de filmar com câmara digital, a mobilidade da ação é total, dispensando cenários falsos, estilo novelas da Globo. (...) Os personagens falam e agem como eles realmente são, jovens adolescentes, tentando administrar a agitação de seus hormônios, a necessidade de sexo, a busca de um relacionamento mais estável que apenas uma noite de transa. (...) Por tudo isso, HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES tem um especial gostinho de espeto corrido, café colonial e churros com recheio de doce de leite."
(Goida, ABC DOMINGO, Novo Hamburgo/RS, 28/04/2002)

"O que importa é que é tudo muito leve, rápido e divertido, com diálogos deliciosos. Um olhar humanista, ao mesmo tempo irônico e carinhoso, lançado aos jovens de Porto Alegre e de todo o mundo. (...) O vídeo digital, além de conferir agilidade à narrativa, permite um interessante trabalho cromático e de textura da imagem, que adquire um ar curiosamente nostálgico, como se o filme lamentasse a fugacidade daqueles verdes anos que já, já vão passar. Do mesmo modo, a opção por atores jovens com pouca ou nenhuma experiência em cinema dá aos personagens um frescor e uma vitalidade que dificilmente seriam conseguidos por um elenco mais tarimbado. A trilha sonora é outro achado: canções que marcaram época nos anos 60 e 70, só que regravadas especialmente para o filme por artistas e bandas atuais. (...) As gerações passam, mas a idéia de juventude permanece intacta. É esse o sentimento que DOIS VERÕES comunica, com talento e carinho."
(José Geraldo Couto, FOLHA DE SÃO PAULO, 13/05/2002)
http://www.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1305200207.htm

"HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES tem o inegável mérito de ser um filme bom de ver, uma diversão agradável que faz valer a entrada, e - atenção - de ser um filme leve. Aqui reside o meu apreço principal: um filme que ponha em tela um caso de amor adolescente na Zona Sul carioca, ao embalo de bossa nova, é barbada que seja leve; o que espanta positivamente é que o filme do Jorge seja leve sobre a matéria-prima dura, duríssima, da vida urbana gaúcha."
(Luis Augusto Fischer, ZERO HORA, 04/06/2002)

"A história, aparentemente despojada, é sobre jovens mas não se dirige unicamente a jovens. Afinal, todo muito já foi adolescente um dia e lembra muito bem da angústia sexual que precede e sucede o ingresso na vida sexual. (...) o que se vê é uma agradável narrativa moderna, de bons diálogos e roteiro sem pontas soltas - uma raridade numa cinematografia que cultiva ancestral desprezo pela parte escrita de um filme."
(Luiz Zanin Oricchio, O ESTADO DE SÃO PAULO, 24/06/2002)
http://www.estadao.com.br/divirtase/noticias/2002/jun/24/99.htm

"Jorge Furtado, na tão esperada estréia como diretor de longas, estabeleceu uma comunicação direta com o público lançando mão de sua principal qualidade: a de criar e agrupar diálogos e seqüências que juntos formam uma narrativa simples, coesa e de extrema eficácia."
(Luciana Veras, DIÁRIO DE PERNAMBUCO, Recife, 25/06/2002)
http://www.pernambuco.com/diario/2002/06/25/viver1_0.html

"Não se pode deixar enganar pela clássica premissa de filme de adolescente sobre iniciação sexual e entrada na vida adulta. HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES, filme do gaúcho Jorge Furtado, ultrapassa os estereótipos e narra uma história com adolescentes, que não é exclusivamente voltada para adolescentes."
(Carol Ferreira, FOLHA DE PERNAMBUCO, 26/06/0202)
http://www.folhape.com.br/2606/2606programa-01.asp

"Se HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES, longa-metragem do diretor gaúcho Jorge Furtado, tem boas chances no festival Cine Ceará, a trilha sonora do filme (Universal) tem grandes chances de emplacar em aparelhos de som de quem gosta de rock com sabor de sal, sol e praia. Como tudo que se faz no Rio Grande do Sul é quase independente do resto do País, o CD não é diferente. Esse é um de seus maiores méritos. Boas bandas como Ultramen, Video  Hits, os grandes cantores Wander Wildner e Frank Jorge estão ali, à disposição do público que ainda (infelizmente) não os conhece."
(Eusébio Galvão, O DIA, Rio de Janeiro, 26/06/2002)
http://odia.ig.com.br/odiad/cd260605.htm

"O essencial nesta estréia em longa-metragem é que Furtado parece empenhado em baixar as expectativas criadas por seu trabalho anterior no curta: trabalha apoiado em um roteiro sólido e busca como referencial o cinema clássico (o que o ajuda a criar boas "gags" ao longo do filme). Qual o sentido dessa opção? Antes de mais nada, o filme trabalha como que em busca de um pouco de ordem na baderna estética do cinema brasileiro, onde se inventa a roda com regularidade. O recurso ao clássico parece apontar nessa direção, como a evitar passo maior que a perna. O recurso ao clássico não se confunde, aqui, com academismo: se o filme interessa ao espectador, é, essencialmente, porque sabe trabalhar com frescor os personagens que cria, evitando se refugiar nas convenções sobre o que são e como agem os adolescentes."
(Inácio Araújo, FOLHA DE SÃO PAULO, 06/09/2002)
http://www.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0609200213.htm

"Há uma beleza talvez em segundo plano nesse filme despojado, e que envolve a natureza mesma do ato amoroso. Ninguém é realista quando está apaixonado. Quando se consegue ser objetivo, é porque a paixão já era. Quando tem uma decepção com o ser amado, o que acontece não é que o decepcionado comece a mentir para si mesmo. Isso seria simplista. Ele passa é a desenvolver um tipo elaborado de raciocínio, talvez delirante, que consistirá em atribuir razões e motivações ocultas para o ato da pessoa amada, de tal forma que esse ato passe a ser, se não desculpável, pelo menos compreensível. E assim manterá a crença na previsibilidade do comportamento do outro, e alimentará a esperança no futuro. Quando esse mecanismo for desmontado, será sinal de que a paixão passou, como passam os verões."
(Luiz Zanin Oricchio, O ESTADO DE SÃO PAULO, 06/09/2002)
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/09/06/cad028.html

"Em cartaz em São Paulo, HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES consegue retratar os adolescentes, suas dúvidas e ansiedades com irreverência e fidelidade. Furtado constrói personagens que têm como trunfo uma aparente normalidade. São jovens sem afetação e sem rótulos estampados na testa, gente comum que você acha que pode encontrar a toda hora em qualquer lugar. (...) No lugar de pirotecnias tecnológicas, Furtado usou duas armas: um roteiro bem estruturado, com um humor sutil, e um modo de filmar clássico, seguro, sem grandes invenções."
(Guilherme Werneck, FOLHATEEN, São Paulo, 16/09/2002)
http://www.uol.com.br/fsp/folhatee/fm1609200215.htm

"O simples fato de uma equipe gaúcha, dirigida por Jorge Furtado, ter partido para uma produção declaradamente juvenil, merece louvor, senão por outra coisa, no mínimo pelo pioneirismo. A bem da verdade, ele não contava sequer com um parâmetro a seguir, um confronto para negar. E pois não é que, para surpresa geral, deu conta do recado com competência, graça e sobretudo leveza? (...) A vantagem do filme de Jorge Furtado sobre as pornochanchadas e as obras de arte que, de um jeito ou de outro, abordaram isso tudo relacionado aí em cima, é que: (1) o faz sem pretensão nenhuma a filosofar profundamente sobre cada um deles; (2) tem uma abordagem leve e bem-humorada, o que não significa que seja também obrigatoriamente superficial, muito antes pelo contrário."
(José Nêumanne, JORNAL DA TARDE, São Paulo, 22/09/2002)
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2002/09/22/var028.html

"Jorge Furtado demonstra hábil capacidade de lançar piadas e tiradas no colo do espectador como cargas explosivas, coisa incomum no texto nacional para cinema. (...) Os desdobramentos, ao longo de 80 minutos enxutos, são consistentes, deixando o espectador com sorriso constante e, vez por outra, às gargalhadas. Produto competente, comunicativo e capaz de estabelecer diálogo inteligente com o público."
(Kleber Mendonça Filho, JORNAL DO COMÉRCIO, Recife, 01/11/2002)
http://jc.uol.com.br/jornal/noticias/ler.php?codigo=29824&canal=13&dth=2002-11-01

"Um dos filmes mais legais produzidos no Brasil neste ano, HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES tem roteiro e direção de Jorge Furtado, parceiro de Guel Arraes em Caramuru e um dos mais cultuados cineastas do País. Furtado, portanto, garante a qualidade deste que é seu primeiro longa. (...) Não perca: é um filme feito com linguagem ágil e diálogos certeiros, que encanta jovens e adultos."
(DIÁRIO DE PERNAMBUCO, Recife, 01/11/02)
http://www.pernambuco.com/diario/2002/11/01/viver9_0.html

"HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES ensina a todo mundo que ainda duvida da eficiência da produção cinematográfica brasileira que o termo ''diversão'' não é e nunca será sinônimo de alienação. Engraçada a valer, esta radiografia da cadeia amorosa que é a adolescência prende o espectador por um misto de ingenuidade e romantismo como há muito não se via. Ah! E ainda tem um presente dos deuses dos pampas: chama-se Ana Maria Mainieri, que coroa esse bolo doce como uma cereja vermelha. Não dá para perder."
(Rodrigo Fonseca, revista PROGRAMA JB, 09/01/2003)
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernos/programa/2003/01/09/jorprg20030109002.html

"Furtado (...) criou um mundo de cinema, habitado apenas por jovens. Não é que não haja adultos e idosos no filme. Há. Mas é que o sistema de posições, oposições, decisões, problemas e ações é operado apenas pelos jovens. Eles é que regem o filme, a câmera, a dramaturgia. Por isso, é tão impressionante como as várias questões 'teóricas' que atravessam a prática frenética e bem-humorada dos personagens aparecem. (...) Mas não com um ponto de vista exterior, de um poder ordenador do mundo adulto. São os jovens mesmos, com sua lógica, sua distância com relação à velhice, como seu 'todo o tempo do mundo', que discutem isso. E fazem retórica, e debatem, e agem."
(Alexandre Werneck, JORNAL DO BRASIL, Rio de Janeiro, 10/01/2003)
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2003/01/09/jorcab20030109006.html

"O que há de diferente em HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES é a vontade de pensar antes de fazer um filme. Só parece simples porque o esforço anterior à realização do filme foi intenso. (...) Todo esse papo de 'diálogo inteligente' e 'roteiro bem pensado', apesar de elogioso, pode dar a impressão de que a diversão foi deixada de lado. Ledíssimo engano: é uma delícia acompanhar a busca de Chico por Roza. E um prazer esperar para ver no que vai dar a aventura dos dois, acompanhada de perto pelo amigo bobinho Juca (Pedro Furtado). Dizer mais o quê? Saí do cinema com um ânimo de garoto. E olha que já faz muito tempo que passei da idade."
(Jefferson Lessa, O GLOBO, Rio de Janeiro, 10/01/2003)
http://oglobo.globo.com/oglobo/Suplementos/RioShow/69152670.htm

"Demorou, mas chegou. Depois de estrear em algumas capitais brasileiras, entra no circuito carioca HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES, primeiro longa de Jorge Furtado, que tem méritos de sobra para levar a garotada em férias para a sala escura. (...) Três atores competentes, muito bem dirigidos por Furtado, que brinda o público com uma comédia romântica espertíssima, jovem sem ser idiota."
(André Gomes, O DIA, Rio de Janeiro, 11/01/2003)
http://odia.ig.com.br/sites/cinema/critica106.htm
 

Críticas em revistas

"HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES é um filme juvenil e inteligente. Seus diálogos, espertíssimos, estão despidos de qualquer ranço. Seu diretor, Jorge Furtado, diz que o idioma dos personagens é o portalegrês, e não o gauchês. Ao delimitar tal fronteira, o realizador deixa clara a origem urbana de seu primeiro longa. Barato (R$800 mil), com personagens críveis (quem há de se esquecer da sequência em que o protagonista dança sozinho e feliz, ao som de "My Pledge of Love"?!), roteiro bem articulado, o filme encanta e seduz."
(Maria do Rosário Caetano, REVISTA DE CINEMA, agosto/2002)
http://www.uol.com.br/revistadecinema/edicao28/festival/festival_01.shtml

"Quem viu gostou. E muito. HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES (...) apaixona adultos e adolescentes que se reconhecem, na telona, nas peripécias vividas em praias do Litoral Norte do Estado pelo trio teenager Chico-Roza-Juca. (...) Depois de assistir o filme, saímos todos com a sensação de missão cumprida. Furtado e sua equipe, por terem feito um filme divertido e comovente, que aproxima gerações, e nós, espectadores, adultos e adolescentes, por termos nos divertido, comovido e aproximado. Nós todos, gaúchos e urbanos."
(Fernando Mascarello, revista TEOREMA nº 1, Porto Alegre, agosto/2002)
(crítica também publicada em ZERO HORA, 04/05/2002, e CONTRACAMPO, janeiro/2003)
http://www.contracampo.he.com.br/47/pampa.htm

"O AMOR VÊ LONGE: O primeiro longa-metragem do principal diretor brasileiro de curtas é despretensioso mas sábio. (...) Os atores se destacam pela autenticidade e as imagens captadas com câmera digital servem ao tom poético. Mas o ponto alto está na generosidade com os personagens. Furtado não esbarra em posturas moralistas, não julga mocinhas de caráter questionável e foge da vulgaridade das comédias juvenis americanas. (...) A sabedoria do diretor está em mostrar que, em vez de cego, o amor enxerga essências por trás das ações. Vê longe o suficiente para detectar beleza em seres com atitudes condenáveis pelo senso comum."
(Cléber Eduardo, Revista ÉPOCA, 02/09/2002)
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT380780-1661,00.htm

"Pare para pensar. Quantas vezes o cinema brasileiro produziu fitas voltadas para o público adolescente? Talvez pela escassez, o simpático HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES seja parecido com um oásis no deserto. (...) Com linguagem coloquial, diálogos saborosos e movido ao som underground de Wander Wildner, Ultramen e Sombrero Luminoso, entre outros roqueiros do sul, o filme só tem a pretensão de divertir o espectador por pouco mais de uma hora. Consegue."
(Miguel Barbieri, VEJA SÃO PAULO, 01/10/2002)
 

Críticas na Internet

"Um rapaz se apaixona por uma moça. Parece ser mais uma comercial historinha de amor. Talvez fosse assim, se não tivesse sido roteirizado e dirigido por Jorge Furtado. (...) Os destaque são as inteligentes sacadas dos dois adolescentes, principalmente de Juca melhor amigo de Chico. Com um roteiro simples e leve, os diálogos são recheados do melhor portoalegrês. Um filme com a marca da Casa de Cinema de Porto Alegre, que apresenta uma nova geração de bons atores."
(Duca Cescani, QUATRO LUAS, abril/2002)
http://www.quatroluas.com.br/cinema.htm

"O flipper, por sinal, é um elemento fundamental no filme, sendo usado quase como um símbolo épico de uma busca existencial, ou de um mágico divisor de águas do destino. (...) Essa tentativa de Furtado de dar a elementos da sub-cultura teen um valor poético é realmente emocionante. Assim como a sensibilidade dos olhares (tanto André quanto Ana Maria, a dupla principal, são ótimos no "olhar" e sabem interpretar sem falar), a honestidade dos sentimentos e algumas outras 'cositas' mais."
(Bolívar Torres, CONTRACAMPO, maio/2002)
http://www.contracampo.he.com.br/criticas/umavezdoisveroes.htm

"Com bom humor e uma trilha sonora espertíssima, HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES fez a platéia rir o tempo todo, dando um ar nostálgico para aqueles que já preferem ir pra Santa no verão, mas nunca vão esquecer dos mares do sul. Um programa legal, perfeito pra desopilar a cabeça e se enxergar na tela."
(Paulo Ricardo Kralik Angelini, ARGUMENTO, junho/2002)
http://www.argumento.net/cineronda/index.shtml#1022518045

"Em seu primeiro longa-metragem Furtado realiza uma obra aparentemente diferente de toda aquela chuva de pensamentos que é ILHA DAS FLORES. HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES (2002) abdica dos preciosismos de pensador para se entregar a um exercício de comunicação com o público (...) A excelência da direção de atores do cineasta logra extrair uma aparência de espontaneidade do elenco de jovens; é igualmente admirável a precisão e a ironia que transparecem na maneira como Furtado coloca na tela o específico modo porto-alegrense de falar, penetrando em minúcias do jeito de dizer os diálogos cuja naturalidade só pode ser atingida à custa de muito suor de ensaio ou acertada inspiração."
(Eron Duarte Fagundes, DVD MAGAZINE, junho/2002)
http://www.dvdmagazine.com.br/Fala_Eron/veraogaucho.htm

"A graça de HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES situa-se no que Jorge Furtado colocou de si no trabalho. Um diretor-autor, como parece ter sido a atitude de Furtado em relação ao seu longa de estréia, faz de cada filme um momento especial da sua vida e da sua carreira. (...) É esse experimentalismo de Furtado que torna o filme interessante e o transforma em cinema de boa qualidade, junto com o mérito de assumir que é gaúcho, assim como Tolerância, de Carlos Gerbase, e Anahy de las Misiones, de Sérgio Silva."
(Eduardo Portanova, REDEMOINHO, junho/2002)
http://www.redemoinho.com/018cin1.html

"Um filme bem sucedido, a melhor comédia romântica da produção brasileira recente, produção que vem investindo com freqüência nesse tipo de filme. O diferencial aqui é o sotaque gaúcho e os personagens que, desta vez, não são debilóides com distúrbios de comportamento."
(Kleber Mendonça Filho, CINEMASCÓPIO, junho/2002)
http://cf1.uol.com.br:8000/cinemascopio/critica.cfm?CodCritica=806

"É impossível não se identificar com cenas como aquela em que dois amigos tentam seduzir meninas indefesas com vinho e música romântica; ou, ainda, um jogo de dorminhoco com rolha queimada - quem nunca jogou dorminhoco com rolhada não teve infância! (...) HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES é a prova de que é possível fazer cinema para adolescentes com inteligência e sem cair na baixaria. E, ainda, que é possível fazer um filme jovem que também atraia o público de outras idades."
(Felipe M. Guerra, CINEMA EM CENA, julho/2002)
http://www.cinema.art.br/crit_cinefilo_filme.asp?cod=1732&codvozcinefalo=1407

"O mercado brasileiro de trilhas sonoras para cinema tem ficado, do fim dos anos 90 para cá, cada vez mais incrementado e interessante. (...) HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES periga ser o mais bem-sucedido do lote. (...) Investindo em nomes novos e recentes do rock do Rio Grande do Sul, o disco (produzido por Leo Henkin) é uma refrescante compilação de sons que remetem a um passado idílico de nosso pop. Ou, melhor dizendo, uma idílica confluência entre valores e sonoridades importados do passado (Jovem Guarda e rock inglês sixties na cabeça) com uma iconoclastia totalmente contemporânea. Deu mais do que certo."
(Marco Antonio Barbosa, CLIQUEMUSIC, 23/7/2002)
http://cliquemusic.uol.com.br/br/Lancamentos/Lancamentos.asp?Nu_Critica=769

"Com o humor que sempre pontuou seus curtas-metragens (Ilha das Flores, Barbosa, O Sanduíche), além dos trabalho para televisão (A Invenção do Brasil e Luna Caliente), Furtado escolheu atores desconhecidos e vídeo digital para conferir ao filme um caráter documental, onde os jovens atuam da mesma maneira como agem normalmente. A isso, se somam diálogos deliciosos e o resultado é uma comédia feita para agradar adolescentes, mas que também alcança adultos que nunca esqueceram o friozinho na barriga gerado pelo primeiro amor."
(Luara Rodrigues, CINEWEB, 06/09/2002)
http://www.cineweb.com.br/flm/flm_12802.htm

"HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES passa ao largo das apelações; aqui, nada é excessivo. Furtado aborda o tema com certa poesia, mas sem ser piegas, exibindo uma representação cômica, porém verossímil, do que se passa na cabeça dessa geração libertária e preocupada em 'viver o momento'. Tudo isso de forma simples e inteligente, com diálogos afiados e bem-articulados."
(Heloísa Egas e Roberto Guerra, CINECLICK, setembro/2002)
http://cineclick.virgula.terra.com.br/cinebrasil/index_br.html

"A pergunta que não queria calar era: como um diretor tão competente e talentoso, tão experiente e respeitado ainda não tinha conseguido dirigir seu próprio longa-metragem? (...) Enfim, chega às telonas o longa HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES, roteirizado e dirigido por Furtado. (...) Com a ajuda de uma câmera digital (o filme foi totalmente rodado em digital), o tom do filme é quase documental, mas com a informalidade própria de Furtado. E o texto... bem o texto é o melhor de tudo. Os diálogos são afiados, divertidos e precisos. HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES é uma comédia romântica teen desde a abertura. Mas não apenas isso."
(Fabiane Secches, ZETA FILMES, 10/09/2002)
http://www.zetafilmes.com.br/criticas/houveumavezdoisveroes.asp?pag=houveumavezdoisveroes

"O cedezinho é uma maravilha, com um repertório de clássicos, covers para alguns mega-hits de época (anos 70) e canções inéditas. A seqüência abre com a bela canção "Calor da Hora", de Léo Henkin, produtor da trilha, com a banda pop gaúcha Papas da Língua. Depois, rola Cássia Eller, com uma das melhores versões para "Nasci Para Chorar", de Dion, também regravada por Roberto Carlos e Fagner. Em seguida, vem Wander Wildner, com uma versão arrebatadoramente brega para o hit "Without You", clássico dos ingleses Badfinger. Vejam o filme HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES e ouçam a trilha, que já está disponível nas lojas do país, pelo selo Universal."
(Flávio Sillas Jr., SENHOR F, setembro/2002)
http://www.senhorf.com.br/sf3vs/Materias20/doisveroes.htm

"É melhor então manter um olhar desconfiado para os elogios caretas a Houve Uma Vez Dois Verões. Decerto é muito bacana que tenhamos um filme tão agradável, com uma estrutura tão eficiente e uma delicadeza tão grande com seus personagens - mas o mais importante nisso não é o fato de que o filme se comunica bem com sua platéia, é o fato de que ele tem o que comunicar, ao contrário do que pensam alguns. Se a narrativa usa esquemas de estrutura de roteiro com naturalidade e inteligência, sem parecer engessada ou programada, não é isso que torna o filme rico, é seu interesse pelos dramas dos seus personagens - e a origem disto não está nos manuais de roteiro."
(Daniel Caetano, revista virtual CONTRACAMPO, janeiro/2003)
http://www.contracampo.he.com.br/47/costumes.htm

"Em sua persistente batalha pelo coração de Roza, Chico erige-se em personagem quase épico. Nada parece detê-lo - o engano, a humilhação, a rejeição ou o ridículo. Não seria tão impróprio interpretar o filme como um apanágio dos bons propósitos e da ética contra a vigarice e a mentira institucionalizada que campeiam menos nas relações interpessoais que na própria macroestrutura do país. (...) Juntar as pontas do acaso cotidiano é a maior diversão nos filmes de autor. Da mesma forma, juntar as pontas de vários elementos narrativos - o road movie, a comédia de equívocos, a metáfora do fliperama, o videoclipe, etc. - resulta numa linguagem rigorosamente moderna, integrada e espontânea, que a filmagem com equipamento de vídeo digital só ajudou a tornar possível."
(Carlos Alberto de Mattos, revista virtual CRITICOS.COM.BR, 10/01/2003)
(originalmente publicado em folheto de apresentação do filme para a pré-estréia no Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, agosto/2002)
http://www.criticos.com.br/new/artigos/cookie2.asp?secoes=&artigo=201

"Um diretor já de um certo prestígio arriscar-se, em seu primeiro longa, a fazer uma comédia romântica adolescente é, no mínimo, um ato de muita coragem, que poderia por em risco toda a sua carreira. Além disso, onde já se viu contar uma história de um amor de verão, de praia, que não se passa, digamos, no Rio de Janeiro? Loucura. (...) Isso sem falar na opção por jovens e desconhecidos atores gaúchos, e por uma trilha sonora composta e interpretada essencialmente por artistas gaúchos. Prendam esse provinciano! No entanto, nas mãos de um grande profissional e, especialmente, nas mãos de um grande contador de histórias, tudo isso vira jóia. Uma jóia sensível e bela, como poucos conseguiriam fazer."
(Cláudio Beserra, revista virtual O CISCO, janeiro/2003)
http://www.ocisco.hpg.ig.com.br/houvdvs.htm

"Pense em John Hughes e em todos os filmes que misturaram cortes de cabelo extravagantes e jaquetas, ônibus escolares, roubo do carro dos pais, gazeadas básicas, irmãs chatas, melhores amigos desengonçados e trilhas sonoras que vão de Beatles a Cindy Lauper. HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES é tudo menos um pastiche desse legado norte-americano. Mas como é provavelmente a melhor comédia juvenil já feita no Brasil, não deixa de pagar o devido tributo à adolescência, num misto de saudosismo e saudação. (...) Há muito papo sério rolando, sem falso moralismo, e o drama sempre encontra no riso um bom reforço, ao invés de escapismo. Os diálogos são ágeis e as piadas rápidas, capazes de levar o cinema inteiro abaixo em gargalhadas."
(Thaís Aragão, revista virtual NO OLHAR, Fortaleza, 28/02/2003)
http://www.noolhar.com/diversaoarte/cinema/229712.html
 

"Talvez esteja nessa relação pai/filho o segredo do filme, onde a relação de Jorge Furtado com Pedro é provavelmente o que alimenta o diálogo tão honesto e cativante com a juventude atual, e encanta o espectador. E o melhor é que ele faz isso com uma linguagem absolutamente moderna, com filmagem em vídeo digital, dinâmica, fluente e espontânea e um roteiro fruto da maturidade de anos trabalhando como roteirista em TV."
(Fernando Vasconcelos, revista virtual VITROLAZ, 12/06/2003)
http://www.vitrolaz.com/lerColuna.php?id_coluna=169
 
 


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