Notícias Casa de Cinema
O GATO estréia depois de 18 anos
(15/12/2004)Rodado em São José do Norte entre março e abril de 1986 e em Porto Alegre em junho de 1988, O Gato, de Saturnino Rocha, é um projeto de média-metragem filmado em 16 mm para cinema e televisão. Com um atribulado histórico de produção, finalmente o filme chega a público agora, quase duas décadas após o início de suas filmagens. Finalizado em digital, com recursos do FUMPROARTE (que viabilizou os custos de dublagem, sonorização, mixagem e cópia final), O Gato ganha sessão de pré-estréia no próximo dia 15 de dezembro, às 20 horas, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro. A partir do dia 16 de dezembro, o filme de Saturnino Rocha entra em cartaz na Sala P. F. Gastal, com sessões às 15:00, 16:30, 18:15, 19:30 e 20:45.
O filme tem sua ação na pequena Miramar, onde Gato chega com sua bicicleta para provocar a inveja dos homens e o desejo das mulheres. Mas, no ano em que o Gato encontra Doroti, bela e fiel esposa do faroleiro Pedro, o cotidiano da cidade vai ser abalado para sempre. Um folhetim nonsense, uma história de amor e realismo mágico, O Gato traz em seu elenco os atores Giusepe Oristânio, Nora Prado, Carlos Cunha, José Baldissera, Antônio Schmit, Salimen Júnior, Breno Ruschel, Edu Madruga, Lui Strassburger, Hamilton Mosmann, Débora Finocchiaro, Cláudia Meneghetti e Márcia Erig. Vozes adicionais de Júlio Andrade, Sérgio Lulkin e Zé Adão Barbosa.
Com 60 minutos de duração, O Gato representa um momento único no cinema gaúcho, que finalmente poderá ser conhecido pelo público.
O Histórico de uma Complexa Produção
Concebido em um momento vigoroso do cinema gaúcho, que já havia produzido os longas Deu Pra Ti Anos 70 e Verdes Anos, responsáveis pela revelação de uma nova geração de profissionais na área, O Gato se pretendia um produto um pouco diferente, na temática, na estética e no formato de produção. O Gato se inseria em um contexto de profissionalização do cinema local. Produzido majoritariamente pela HR Produções Artísticas em co-produção com o Coletivo de Produção Cinematográfica, ambas já extintas, o filme remunerou a totalidade da sua equipe técnica e acordou com o elenco a remuneração pelo sistema de cotas de participação sobre a renda da comercialização.
Em meio às incertezas criadas pela troca de moedas do Plano Cruzado no governo Sarney, exatamente no período das filmagens, o projeto concluiu esta etapa honrando todos os seus compromissos com equipe técnica e fornecedores. Depois do Cruzado, com o governo Collor e o desmonte da Embrafilme, a produção de filmes no Brasil estagnou e O Gato entrou em vida vegetativa, uma mistura de abandono e desencanto, onde estava há quinze anos.
Na filmagem, o projeto contou com o apoio das prefeituras de São José do Norte e Rio Grande na fase de filmagem, com verbas públicas do Instituto Estadual de Cinema, através de concurso, na montagem do copião, e investimentos da iniciativa privada, Laboratório Wesp e Odorico Monteiro S.A. Estes investimentos externos, somados, representam menos de 5% do custo total do filme até agora (que estaria próximo de 95 mil dólares).
MAIS NOTÍCIAS
A CASA | FILMES | PROJETOS | CONEXÕES | CONTATO | ENTRADA | IN ENGLISH | EN ESPAÑOL