ANTES QUE O MUNDO ACABE
Longa-metragem de Ana Luiza Azevedo 
Roteiro de Paulo Halm e Ana Luiza Azevedo

filmagens previstas para novembro/2007
 


SINOPSE

Antes que o Mundo Acabe conta a história de Daniel, um menino de 15 anos, megulhado em seu pequeno mundo com problemas que parecem insolúveis: uma namorada que não sabe o que quer, um amigo que está sendo acusado de ladrão e uma pequena cidade que vai ter que ser deixada pra trás.

Tudo acontece quando ele recebe uma carta do pai que nunca conheceu e já nem lembrava que existia. Através das cartas e fotos enviadas pelo pai, Daniel descobre que o mundo é bem maior do que aquele que até então conhecia. Maria Clara, a irmã pequena de Daniel, observa tudo o que acontece à sua volta e, com um olhar crítico, narra esta história. Uma história em que parece que tudo vai acabar: os ursos negros, o suco de laranja, as tribos poliândricas e a pacata vida em São Pedro do Sul.


O LIVRO

Antes que o Mundo Acabe, o livro de Marcelo Carneiro da Cunha, é um projeto narrativo que une texto e fotos em uma experiência de propor aos leitores do livro uma visão das diferentes culturas existentes no mundo, para propor ao leitor que reflita sobre a diversidade e sobre a sua realidade.

O livro propõe ao leitor o exercício da mais reveladora e crítica ação humana: o olhar atento e informado. Através desse olhar despertado, teremos leituras da realidade imediata, e percepção de outras realidades que compõe o nosso mundo.

O livro é composto a partir de uma estrutura epistolar. Porém, para não se limitar ao diálogo epistolar tradicional, o livro adiciona imagens ao diálogo, na forma de fotografias trocadas juntamente com as cartas, e ainda tem como suporte narrativo a vida de Daniel, o protagonista, e os elementos que a compõe.

Ainda como elementos da composição do projeto narrativo que construiu esse livro, temos a história pessoal de seu narrador, Daniel, um garoto de seus dezesseis anos, vivendo em uma cidade grande brasileira, seu amigo, sua namorada, seus pais. Uma realidade compreensível, humana, complexa, que serve como base afetiva para a construção da narrativa mais ampla. Dessa forma o livro foi construído e lançado em 2000. Ele foi premiado pela Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil, com o selo de Altamente Recomendável, e já se encontra em sua 4ª edição.
 
 

O FILME

Um adolescente de classe média, Daniel, vive numa pequena cidade brasileira com a mãe, a irmã e o marido da mãe. Ele não conhece o seu pai biológico. Tem com a namorada, Mim, um relacionamento que não o faz se sentir nem um pouco seguro. Mim é uma garota autônoma, tem seus planos, sua banda, e não sabe se deseja ser “namorada”. O melhor amigo de Daniel é Lucas.

Mim, Lucas e Daniel estudam no Colégio Santa Bárbara, uma escola de padres que só vai até a oitava série. Quando terminar o ano os três têm que fazer suas primeiras escolhas: onde continuar estudando, ir para uma escola pública, estudar numa cidade grande para ter melhores oportunidades ou fazer o seminário, que é de graça?

Lucas estuda no Santa Bárbara por meio de uma bolsa de estudos e no momento em que a história começa, Lucas é o principal suspeito de um roubo que ocorreu no laboratório da escola. Daniel tenta ajudar a desfazer o engano, mas não consegue. Mim briga com Daniel. Lucas começa a namorar Mim. Maria Clara, a irmã pequena, sempre atenta, observa os personagens que passam pela sala de estar onde se encontra durante todo o filme. Ninguém lhe dá importância, mas é ela quem consegue olhar de fora, narrar e criticar esta história. O que deixa Daniel ainda mais irritado.

E, enquanto se vê completamente enredado por questões que para ele já parecem constituir um sistema suficientemente problemático, Daniel encontra algo novo: um envelope. É uma carta de seu pai biológico. Este é o novo fator desconhecido a ser enfrentado por Daniel, somado a todos os problemas que já parecem ser suficientes para ver seu mundo desmoronando.

Após resistência inicial, Daniel lê o que o seu pai tem para dizer. Descobre que o pai é fotógrafo, que envia a ele cartas e fotos. Ele fica sabendo dos motivos que levaram o seu pai a não conviver com a família, fica sabendo que o pai foi fotógrafo correspondente de guerra, e que agora pertence a uma entidade internacional que se chama Antes que o Mundo Acabe. Uma entidade que se dedica a registrar e documentar as diferentes culturas do mundo que estão sofrendo o risco de desaparecer, sob o impacto da globalização acelerada. 

Através das cartas o pai se apresenta e se justifica diante do filho e do mundo. O filho, após um período de dúvidas sobre o que fazer, passa a responder ao pai, mas da mesma forma: através de fotos. Daniel passa a olhar ao seu redor. Desse olhar surge uma percepção mais intensa do que o cerca. Ele transforma esse olhar em fotografias, que envia ao pai, e assim se constrói o diálogo dos dois, a partir de fotos tiradas por cada um, e que retratam as suas realidades.

Ao mesmo tempo, as crises que existiam no pequeno mundo de Daniel se intensificam. Lucas é expulso da escola, por conta do que acreditam que ele fez. Mim, a namorada ou ex-namorada, não sabe se quer ficar com Daniel ou com Lucas.

E, em meio a todas essas questões, Daniel é chamado a realizar suas primeiras escolhas adultas, agora, mais atento, mais lúcido e mais crítico sobre o enorme mundo que o cerca.

ANTES QUE O MUNDO ACABE é uma história de um reencontro de um pai com um filho, é história de um rito de passagem, é a história da descoberta de que o mundo é muito maior do que a gente pensa, principalmente quando somos adolescentes.


 


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