Nora: A finalização sempre dura bem mais que o tempo de filmagem e começa a ser feita desde o início, em paralelo com o resto. Como não há laboratório de revelação no Rio Grande do Sul, a gente põe numa caixinha tudo que é filmado e manda para São Paulo, torcendo sempre para que nada aconteça pelo caminho. Só ficamos tranquilos quando alguém do laboratório liga para dizer que chegou (risos). Isso é feito de 3 em 3 dias desde o início da filmagem. A película é revelada e volta em digital para entrarmos na ilha. Então, a finalização começa no terceiro dia de filmagem, que é quando a gente recebe o primeiro material revelado.
Alexandre Coimbra (Coordenador de efeitos visuais): Na etapa de pós-produção de um filme são acrescentados e integrados elementos às cenas que não puderam ser feitos durante a filmagem, seja por questões de viabilidade técnica ou até mesmo por questões orçamentárias. É nesta etapa que são feitas as correções de cor e incluídos os créditos de abertura e encerramento.
Nem sempre a pós-produção trabalha somente depois das filmagens e do corte do filme. Na maioria das vezes, o diretor de finalização deve dizer como uma cena deve ser filmada para que seja possível fazer o efeito ou composição. Não é de hoje que os profissionais de pós-produção são chamados a participar dos processos de pré e até mesmo do orçamento fazendo com que se decida por um ou outro caminho. Cada projeto tem suas particularidades e pode ser resolvido de inúmeras maneiras.
Ficamos muito felizes quando a Cápsula foi chamada pela Ana e pelo Fiapo para participar desse projeto para resolver duas questões bem pontuais do filme: a primeira era um game no estilo dos simuladores de vôo, em que cada etapa do jogo mostrava as emoções que os personagens viviam naquele momento. Contamos muito com a ajuda do Giba para que os trechos do game funcionassem perfeitamente com a cenas desses personagens.
Num segundo momento, fomos chamados para a criação da abertura do filme que, a princípio, seria resolvida na filmagem, mas que, por uma dificuldade técnica, acabou sendo também feita em pós. Já havíamos participado de alguns projetos com a Casa de Cinema como a abertura do Meu Tio Matou um Cara, do Jorge, mas essa abertura particularmente tinha um grau de dificuldade que era fazer com que os elementos tivessem uma aparência até certo ponto realista e, ao mesmo tempo, contasse uma história. Ficamos muito felizes com o resultado.
Kiko Ferraz (Supervisor da Edição de som): A gente fez edição de som, gravações em estúdio, mixagem das músicas e dublagem. Demos todo o apoio ao trabalho do Leo Henkin. É interessante observar que toda a trilha interage com os sons das cenas. A primeira nota de cada música vem de um som de bicicleta, de xícara, de porta. E a maioria desses sons foi produzida em estúdio, porque durante as filmagens o pessoal fica focado nos diálogos e esses detalhes ficam para depois. A mixagem foi feita num outro estúdio em São Paulo, mas a gente acompanhou tudo. É um trabalho que leva meses.
Na escola, a gente tinha que simular outras salas em volta daquela, com crianças falando, uma aula de música acontecendo, um falatório do lado de fora. E isso também foi feito em estúdio.
Nas cenas da Tailândia, a gente teve que reproduzir sons de lá. Fizemos uma pesquisa de sons e compramos um pacote de efeitos sonoros com ruídos de pássaros da Tailândia para colocar nessas cenas e deixar a atmosfera mais real.
Além disso, a gente fez muita dublagem. É que adolescente fala muito rápido e isso atrapalha a dicção. Tivemos que regravar várias cenas em estúdio e encaixar tudo na mixagem, fazer os ajustes de tempo e de volume. E aí aconteceu uma coisa curiosa. Entre a gravação e a dublagem, a voz do ator que faz o Lucas mudou! A gente teve que pedir pra ele fazer voz de gurizinho (risos).Nora: A finalização sempre dura bem mais que o tempo de filmagem e começa a ser feita desde o início, em paralelo com o resto. Como não há laboratório de revelação no Rio Grande do Sul, a gente põe numa caixinha tudo que é filmado e manda para São Paulo, torcendo sempre para que nada aconteça pelo caminho. Só ficamos tranquilos quando alguém do laboratório liga para dizer que chegou (risos). Isso é feito de 3 em 3 dias desde o início da filmagem. A película é revelada e volta em digital para entrarmos na ilha. Então, a finalização começa no terceiro dia de filmagem, que é quando a gente recebe o primeiro material revelado.
Alexandre Coimbra (Coordenador de efeitos visuais): Na etapa de pós-produção de um filme são acrescentados e integrados elementos às cenas que não puderam ser feitos durante a filmagem, seja por questões de viabilidade técnica ou até mesmo por questões orçamentárias. É nesta etapa que são feitas as correções de cor e incluídos os créditos de abertura e encerramento.
Nem sempre a pós-produção trabalha somente depois das filmagens e do corte do filme. Na maioria das vezes, o diretor de finalização deve dizer como uma cena deve ser filmada para que seja possível fazer o efeito ou composição. Não é de hoje que os profissionais de pós-produção são chamados a participar dos processos de pré e até mesmo do orçamento fazendo com que se decida por um ou outro caminho. Cada projeto tem suas particularidades e pode ser resolvido de inúmeras maneiras.
Ficamos muito felizes quando a Cápsula foi chamada pela Ana e pelo Fiapo para participar desse projeto para resolver duas questões bem pontuais do filme: a primeira era um game no estilo dos simuladores de vôo, em que cada etapa do jogo mostrava as emoções que os personagens viviam naquele momento. Contamos muito com a ajuda do Giba para que os trechos do game funcionassem perfeitamente com a cenas desses personagens.
Num segundo momento, fomos chamados para a criação da abertura do filme que, a princípio, seria resolvida na filmagem, mas que, por uma dificuldade técnica, acabou sendo também feita em pós. Já havíamos participado de alguns projetos com a Casa de Cinema como a abertura do Meu Tio Matou um Cara, do Jorge, mas essa abertura particularmente tinha um grau de dificuldade que era fazer com que os elementos tivessem uma aparência até certo ponto realista e, ao mesmo tempo, contasse uma história. Ficamos muito felizes com o resultado.
Kiko Ferraz (Supervisor da Edição de som): A gente fez edição de som, gravações em estúdio, mixagem das músicas e dublagem. Demos todo o apoio ao trabalho do Leo Henkin. É interessante observar que toda a trilha interage com os sons das cenas. A primeira nota de cada música vem de um som de bicicleta, de xícara, de porta. E a maioria desses sons foi produzida em estúdio, porque durante as filmagens o pessoal fica focado nos diálogos e esses detalhes ficam para depois. A mixagem foi feita num outro estúdio em São Paulo, mas a gente acompanhou tudo. É um trabalho que leva meses.
Na escola, a gente tinha que simular outras salas em volta daquela, com crianças falando, uma aula de música acontecendo, um falatório do lado de fora. E isso também foi feito em estúdio.
Nas cenas da Tailândia, a gente teve que reproduzir sons de lá. Fizemos uma pesquisa de sons e compramos um pacote de efeitos sonoros com ruídos de pássaros da Tailândia para colocar nessas cenas e deixar a atmosfera mais real.
Além disso, a gente fez muita dublagem. É que adolescente fala muito rápido e isso atrapalha a dicção. Tivemos que regravar várias cenas em estúdio e encaixar tudo na mixagem, fazer os ajustes de tempo e de volume. E aí aconteceu uma coisa curiosa. Entre a gravação e a dublagem, a voz do ator que faz o Lucas mudou! A gente teve que pedir pra ele fazer voz de gurizinho (risos).