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Dois velhos sábios atores gaúchos, há muito morando no Rio

Não sei se vai reprisar, tomara que sim, a entrevista que o Pereio fez com o Paulo José no "Sem Frescura" (Canal Brasil). Os dois velhos sábios atores gaúchos, há muito morando no Rio, com longa trajetória comum e valioso serviço prestado à cultura nacional, conversando por mais de meia hora, assuntos variados.

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Paulo falou rapidamente sobre duas maneiras distintas de filmar, uma que representa para a câmera e outra que faz a cena acontecer e a câmera vai atrás. As duas podem resultar maravilhas e asneiras, é claro, e também podem ser misturadas. A maneira 1 ("Por favor, chegue 5 centímetros mais para a esquerda e abra mais a boca ao falar a palavra ‘Acrópole'.") e a maneira 2 ("Cuidado, um ônibus!") têm vantagens e desvantagens, como tudo na vida.

Acredito que Eisenstein, Griffith, Hitchcock, Kubrick, Kurosawa, Wilder, Fellini, Chaplin, Lubitsch, Resnais, Visconti, Leone, não esperavam muito dos improvisos dos atores nem cogitaram encenar seqüências inteiras, com realismo, e filmá-las como documentário - isto é, da melhor maneira possível nas circunstâncias.

Também acredito que Domingos de Oliveira, Eduardo Coutinho, Glauber, João Moreira Salles, Nelson Pereira dos Santos e Rossellini eternizaram momentos de brilho ao registrar com humildade e talento aquilo que acontecia ou que fizeram acontecer.

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Pereio contou uma grande fábula, que atribuiu à filosofia sufi ou indiana ("Uma porra dessas, oriental...").

Diz que um Camponês pediu ao Homem Santo uma benção. Ele deu.

HOMEM SANTO: Que morra o avô, o pai, o filho e o neto.

CAMPONÊS: Isso é uma benção?

HOMEM SANTO: Sim. A ordem está certa.

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Sem Frescura, no Canal Brasil:
Terça às 21h30
Alternativo: Quarta às 16h e Domingo às 13h30
http://globosat.globo.com/canalbrasil/

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Piadão em "Assim como tudo na vida", do Woody Allen:
 
"Eu tenho tantos problemas que se eu morrer nem todos estão resolvidos".

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Escrevo no dia 04/09/2008, 13:45. Daniel Dantas continua solto, Nelson Jobin segue ministro, Gilmar Mendes só sai em 2010. A suposta gravação – o primeiro grampo a favor da história da espionagem - supostamente feita por um suposto agente da Abin supostamente sem o conhecimento dos interlocutores, senador Demóstenes (DEM) e ministro Gilmar (STJ), e supostamente entregue a uma revista supostamente jornalística, ainda não apareceu.

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