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Soneto terror

Soneto, s.m.: pequena composição poética composta de 14 versos, com número variável de sílabas, sendo o mais frequente o decassílabo, e cujo último verso (dito chave de ouro) concentra em si a ideia principal do poema ou deve encerrá-lo de maneira a encantar ou surpreender o leitor. (Dicionário Houaiss)
 
Terror

Vampiros bebem sangue todo dia.
Precisam, pra manter a juventude.
Mudando tudo pra que nada mude,
São velhos membros da aristocracia.

Zumbis comem miolos e, ao contrário,
O sangue, não se importam de perdê-lo,
Pois são da burguesia o pesadelo:
Não têm nada a perder, são proletários.

O que é o terror das novas gerações,
Imune às balas de prata e seus tiros?
Que novos pesadelos nos consomem,
Que estacas não transpassam corações?
No mundo digital, só resta o vírus,
E o homem, que é o lobisomem do homem.
 

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